sábado, 25 de maio de 2013

Terra de Histórias: O Feitiço do Desejo (parte 2)

Só pra constar, ele tem 22 anos apenas, e seu livro
chegou ao número 1 da lista de best-sellers do New York
Times. Avante Chris!!

Bom, após um certo tempo sem nenhuma postagem, resolvi continuar com a resenha desse livro maravilhoso que me fez ter espasmos de felicidade  muito bom. Acho que deu pra perceber meu entusiasmo em relação a ele. Isso acontece por dois motivos:

1°- O livro trata de contos de fadas e é cheio de aventuras. Impossível não apaixonar-se por ele.

2°- Foi escrito por Chris Colfer, um dos atores de uma série que É A MINHA VIDA Glee. Compreendem agora tanta paixão? Perdoem-me... Tentarei ser forte, porque uma resenha imparcial, vai ser algo bem difícil de se fazer.

Chega a ser difícil pontuar tantas coisas que gostei nele. Mas, com certeza, a capa é um dos seus maiores atrativos. Claro que não devemos julgar um livro pela capa, mas nesse caso, deixemos esse ditado de lado.

A capa traz a imagem de diversas histórias, como
a Bela Adormecida e sua roca, a Branca de Neve e
as maças, a casa de doces, o pé de feijão, entre outros.
Os detalhes dourados em forma de videira, completam
a belíssima criação.
Basicamente, o livro aborda a história dos irmãos gêmeos Alex e Conner, que acabam indo parar num antigo livro de contos de fadas. Nisso, descobrem o futuro das personagens depois do 'felizes para sempre'. Aqui está um ponto já bastante abordado, tornando-o um pouco óbvio, mas essa perspectiva, de ver o que aconteceu afinal, sempre trazem diversas possibilidades, intrigando o leitor. O mais incrível, foi ver que, mesmo alcançando a vitória nos textos, muito dos heróis e heroínas continuaram enfrentando desafios, tornando-os mais humanos. Afinal, a vida é feita de provações, e mesmo neste, ou em outro mundo, não podemos nos acomodar e sorrir para sempre, satisfeitos com tudo e com todos. Isso é algo impossível.

Ambos embarcam numa grande jornada em busca de diversos itens para realizarem o Feitiço do Desejo, que levariam-os para casa. Mas infelizmente, a Rainha Diabólica, madrasta da Branca de Neve, entra na jornada, deixando a situação ainda mais complicada. Essa verdadeira 'caça ao tesouro' da um ar mais desafiador a história, onde uma rainha perigosa, capaz de fazer absolutamente tudo pelo o que quer, enfrenta duas crianças de outra dimensão. Maravilhoso.

Outro ponto que me agradou bastante, foi a empatia com as personagens. Todos são igualmente incríveis, sendo difícil definir qual o mais legal. Alex é inteligente e esperta, Conner, embora algumas burradas dele fizessem meu sangue ferver, me arrancou boas risadas e sorrisos com suas piadas infames, e seu humor bem irônico e sarcástico. Nisso identifiquei-me um pouco. A Cachinhos Dourados, embora uma fugitiva, é forte e determinada. Cinderela e Bela Adormecida, verdadeiros sonhos de qualquer pessoa, e assim se vai. Adorei até mesmo a vilã, que tem um desfecho bem interessante, e uma história bem emocionante atrás de toda sua maldade. Me doí admitir isso, mas o texto de Colfer tem algumas partes bem previsíveis, que não tiram de modo algum o mérito dele. A leitura é gostosa, simples, as vezes intrigante, e que te faz querer, literalmente, entrar no livro.


Notas finais:

Capa: 10/10

Personagens: 10/10

História: 9/10 (não alcançou a nota máxima pela sua previsibilidade)

Originalidade: 9/10 ( abordar o depois do ' felizes para sempre' é um pouco 'clichê', mas outras partes da história realmente são bem diferenciados, com personagens bem interessantes, e enredo congruente, criativo, e na medida certa de pontos 'sem resolvimento', sem dar aquela agonia de não se descobrir as coisas.

Ilustrações: 10/10 ( os desenhos dentro do livro iniciam cada capítulo. São bem bonitos e ainda, no começo, tem um belo mapa mostrando toda a Terra de Histórias)

Enfim, esse livro é realmente incrível! Não deixem de lê-lo. A sua leveza, fantasia, humor bobo, tudo acaba te prendendo do modo mais intenso. Eu devorei esse livro praticamente em 3 dias se não me engano, tendo ele 382 páginas, e ainda li mais 2 vezes, sem ter me cansado, nem me arrependido. Recomendo á todos!

Aliás, outra coisa que não falei, é sobre o potencial de sua continuação. Tudo ficou na medida certa, dando espaço para uma narrativa ainda mais cheia de aventura, principalmente, porque ela deve dar espaço a outras personagens, como a mãe dos gêmeos. Praticamente enfartei  Fiquei bem feliz ao saber que essa continuação iria acontecer. Quando ela for publicada no Brasil, vou correndo lê-la!




OBS: A capa é simplesmente estupenda! Achei que seria impossível superar a do primeiro livro, mas ficou ainda melhor! Com certeza, esse livro promete! E muito!









quinta-feira, 18 de abril de 2013

Terra de Histórias: O Feitiço do Desejo (parte 1)

Bem, essa é minha primeira resenha de um livro, então perdoem-me se não escrever muito bem. Ainda sou um iniciante no quesito 'blog'.

Eu posso até não grafar assim tão bem, mas garanto que Terra de Histórias: O Feitiço do Desejo (Chris Colfer, 384 páginas, Editora Benvirá), compensa todos meus erros gramaticais. Mas antes de começar a colocar um bilhão de adjetivos aqui, (logo entenderão o porquê) vamos falar um pouco sobre o assunto principal da história: contos de fadas. Quem nunca ouviu a história da meninazinha da capa vermelha, que acaba desobedecendo seus pais e quase é devorada por um lobo esfomeado? Ou sobre  a bela mulher, tratada como lixo pelas irmãs patricinhas, e pela madrasta cruel, que recebe a visita de uma fada madrinha? Pois é, essas histórias fazem parte da cultura mundial. Ninguém imagina como, ou onde surgiram, mas todos conhecemos grande parte delas... Errado! Muitas acabam se modificando com o tempo, e perdem sua mensagem inicial. A história da Pequena Sereia é um exemplo. Na ânsia de conseguir lucro com esses contos, muitas empresas modificaram-nos, adaptando-os ao público infantil. Desenhos animados e coloridos surgiram da moça, sempre mostrando situações felizes, engraçadas, cheias de ações e com um pouco de drama. Mas impressionantemente, ela morre no final!
Ficheiro:Vilhelm Pedersen-Little mermaid.jpg
A Pequena Sereia
Desculpe-me se retirei sua infância, mas essa é a realidade. Os contos de fadas sempre transmitem valores. Nesse caso, fala sobre querer ser o que não se é. Ela era uma sereia, mas como apaixonou-se por um jovem da terra, quis ficar com ele, sacrificando tudo que tinha. Ela perdeu sua verdadeira essência na tentativa de consolidar seu amor. Isso se aplica muito ao mundo atual, principalmente aos jovens. ( afinal, contos de fadas não são assim tão ultrapassados...) Muitos esquecem as coisas que gostam e renunciam a si mesmo para ser aceitos socialmente. Doce engano este. A angústia de não ser quem você é, supera qualquer benefício ganhado.

Já a história da Bela Adormecida é sobre tentar impedir o inevitável.Quando a maldição foi pronunciada, os pais dela tentaram evitar aquilo a todo custo, destruindo todas as rocas de fiar por todo o reino. Foi tanto protegida, que quando encontrou seu primeiro fuso, espetou-se e adormeceu.
Ficheiro:Prince Florimund finds the Sleeping Beauty - Project Gutenberg etext 19993.jpg
Bela Adormecida
As histórias atualmente estão meio esquecidas pelas pessoas. Como a nossa cultura se modificou, elas deixaram de ter seu tom mágico e fantasioso. As crianças geralmente conhecem os contos, mas não se aprofundam nele. Não veem a sua mensagem. Algumas até acham coisas absurdas nelas. Eu mesmo acho a história do Menino e do Lobo um pouco exagerada. Sim, não devemos contar mentiras, mas o garoto era pequeno ainda. Não tinha consciência disso. Tudo não passava de uma brincadeira. Claro que os aldeões deveriam tê-lo repreendido e quem sabe, dado uns tapinhas nele, ( brincadeira, sou contra isso) mas o animal comê-lo por conta disso? Ok, aí acho que foi demais.

Enfim, mesmo sendo antigas, essas histórias são muito interessantes de se conhecer. As ORIGINAIS, não aquelas que vemos em desenhos na TV. Elas mechem com nosso imaginário e passam valores muito importantes... Vou me envergonhar muito agora, mas eu não conheço a história da Cachinhos Dourados... Melhor eu ir pesquisar agora e no próximo post, escrevo sobre o livro. Até mais!

domingo, 31 de março de 2013

Errata Indígena (parte 2)

Acho que a maioria das pessoas têm aquela imagem estereotipada do índio, na qual ele usa peninhas na cabeça, carrega um arco na mão e dança em círculos para fazer com que a chuva caia. Claro, existem tribos que usam sim penas como adornos. Nas caçadas é comum usarem o arco e flecha, e dependendo do ritual, há dança sim. Mas eles são muito mais do que isso.
Outro erro que as pessoas cometem é acharem que se um índio deixa sua tribo, se deixa de ser 'selvagem' ou 'animal' para viver na cidade, deixa de ser considerado como tal. Ser 'índio', é muito mais do que andar nu, de viver na floresta e morar em ocas como muitos pensam. Tem a ver com herança sanguínea, histórica e cultural, muito mais do que essa 'taxação' preconceituosa. Segue-se abaixo a definição de 'povo indígena':

"As comunidades, os povos e as nações indígenas são aqueles que, contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e à colonização que foi desenvolvida em seus territórios, consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua identidade étnica, como base de sua existência continuada como povos, em conformidade com seus próprios padrões culturais, as instituições sociais e os sistemas jurídicos''.

E o pior é que está visão nos é transmitida desde cedo. Dificilmente uma escola não comemora o Dia do Índio sem pintar o rosto dos alunos e colocar um arco de penas nas cabeças deles. Sou completamente contrário a isso. Eu mesmo acabei aprendendo assim e vivi pensando assim durante um bom tempo. Fui descobrindo coisas e até certo ponto, sabia que eles eram mais que aquilo. Só não sabia de que modo. Como eles eram diferentes daquilo. Felizmente, o livro Ekoaboka salvou minha inteligência. Agora eu vejo eles de modo mais completo. Sua ligação com a natureza foi o que mais me encantou. Se fôssemos mais ligados a magia e ao encanto que o mundo pode nos ofertar, seríamos muito mais felizes. 

Seu estilo de vida sustentável e o respeito com a natureza e com o próximo são coisas que deveriam com certeza ser adotadas pela nossa sociedade. Precisamos ter essa consciência mais coletiva e menos individualista. Devemos ver que não somos tão diferentes deles. Sua cultura é bem antagônica a nossa, mas sofremos de amor, queremos viver, ser felizes e sonhar. Sempre como um só.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Errata Indígena (parte 1)



Bom, como minha primeira postagem irei falar sobre os índios. Na escola, vimos alguns documentários e fizemos várias pesquisas sobre eles, além de termos lido um livro (que por sinal eu adorei) que se chama 'Ekoaboka'. Ele conta a história de uma família que faz uma viagem para a região Amazônica e mostra como  isso foi transformador para eles. O ponto que mais me agradou nesse texto, pode parecer estranho, mas foi a falta de informações. Calma gente, não que ele seja um livro sem conteúdo, mas seu foco não foi na informação científica, e sim, na experiência e vivência de cada personagem. Por isso realmente foi um prazer lê-lo.

Mais necessariamente, essa postagem também é um pedido de professores. Ele disseram para falarmos sobre a nossa visão acerca dos indígenas, antes e depois de tudo o que vimos deles. Claro que vou escrever isso, afinal, eu tenho que ganhar nota... Mas acho que seria se limitar muito parar por aí. Procurarei ir além disso e por isso, quero fazer uma pergunta:

''Como você pensa que é um índio?''

 Sim, quando te perguntam isso, que imagem vem primeiro na sua mente? Você acha que eles são preguiçosos, ou que respeitam a natureza?

Deixe sua resposta nos cometários e diga o que você acha.

Até mais gente, uma boa tarde para todos!